19/05/2022

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BA e PE querem criar Área de Proteção Fitossanitária no Vale do São Francisco

Os secretários de Agricultura Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), Leonardo Bandeira, e de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco, Luís Eduardo Cavalcanti, estiveram juntos, na última quarta (18), para acelerar uma discussão sobre um tema relevante para o agronegócio da região.  Essa união pode resultar na criação de uma Área de Proteção Fitossanitária na região do Vale do São Francisco para combater uma das espécies de moscas-das-frutas, a mosca da carambola, praga que ataca várias espécies frutíferas¸ prejudicando economicamente a fruticultura local e mundial. 

Na oportunidade, alinharam a assinatura de um Termo de Cooperação Técnica entre os dois Estados para efetivação desse projeto que visa combater a praga e proteger a principal atividade econômica da região, uma vez que a depreciação das frutas repercute negativamente no mercado interno e externo, além de aumentar os custos de produção e promover o desemprego nas áreas de plantio.

Impacto 

As chamadas moscas-da-fruta estão entre os organismos e pragas que mais causam danos à fruticultura do País. O Brasil tem cerca de 100 espécies delas, algumas categorizadas como pragas quarentenárias, que são organismos de origem vegetal ou animal que, mesmo sob rígido controle, representam um risco à economia agrícola.

Importante no cenário mundial de produção de frutas, o Vale do São Francisco, segundo a Seagri, tem 45 mil hectares, 17 mil dos quais cultivados por 2.800 agricultores familiares, na região limítrofe entre a Bahia e Pernambuco, responsável por 98% das exportações de uva e 92% das exportações de manga do país, além de manter mais de 240 mil empregos diretos, daí a importância e urgente solução para minimizar o problema.

Já que o principal risco dessa praga envolve impactos ambientais e socioeconômicos, especialmente quando se dispersa por outras regiões dificultando a identificação de outros hospedeiros perigosos para o plantio, causando perdas significativas da produção.  

Mônia Ramos - Jornalista

Imagem Google